Homenagem a Iyá Mônica Ti Osun


 

 

25 de setembro de 2025 – O sol da tarde doura as águas, mas o verdadeiro brilho está no ilê onde Mônica de Osun se move com a graça de sua mãe. O ar carrega o ritmo de seus catorze anos de iniciação – um ciclo que não se encerra, mas ganha força como uma correnteza. O axé é um pulsar contínuo, e Mônica, radiante, personifica esse fluxo.

Seus pés dançam firmes no chão, sua mente se conecta à sua origem, o Axé Beiru, à linhagem de Manuel Rufino. Essa herança não é um arquivo morto; é um sangue que corre veloz em suas veias. Mônica é a prova viva de que a tradição do Beiru não apenas sobrevive, mas floresce, mantendo suas raízes fortes enquanto se expande no presente.

Suas contribuições se manifestam no agora: nas mãos que preparam o amalá com precisão, na voz que explica cada gesto aos mais novos, no olhar que acolhe e transforma em família. Ela não tranca o conhecimento; semeia-o, assegurando que a tradição respire, cresça e inspire.

Quando os atabaques chamam por Osun, é Mônica em seu vigor espiritual quem responde. Ela incorpora a força das águas fertilizantes, a inteligência que resolve conflitos e a doçura que defende o sagrado. É a tradição viva, dançando no agora, carregando o legado do Axé Beiru como fonte inesgotável de força.

Seu sorriso ao final do toque é de fulgor e realização. Catorze anos são a base de um trabalho contínuo, uma estrada que se abre para mais cantos, mais vida. Ela honra o passado vivendo plenamente o presente, fazendo ecoar o cântico de Osun e o axé do Beiru.

Àse, Ìyá Mônica de Osun! Que seu caminho seja sempre regado pelas bênçãos das águas, e que seu trabalho frutifique por muitas estações.

Àse o!

 

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