Arlindo Cruz: a voz do samba que carregava o axé de Xangô

O samba brasileiro perdeu um de seus maiores nomes. Arlindo Cruz faleceu no dia 8 de agosto de 2025, aos 66 anos, no hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A morte foi confirmada por sua esposa, Babi Cruz. O artista lutava contra as sequelas de um AVC hemorrágico sofrido em 2017, que havia interrompido precocemente sua carreira.

Internado há algum tempo, Arlindo deixou dois filhos: Arlindinho, com quem gravou seu último trabalho, “Pagode 2 Arlindos” (2017), e Flora Cruz.

Além de sua imensa contribuição para a música popular brasileira, Arlindo Cruz era conhecido por sua profunda conexão com as raízes religiosas afro-brasileiras. Filho de Xangô, o artista sempre destacou que não escolheu o Candomblé, mas foi escolhido por essa religião.

Em entrevista à revista IstoÉ em 2013, contou que sua mãe fez o santo ainda grávida dele, dando início a uma relação espiritual que marcaria toda sua vida e obra. “Eu não elegi o Candomblé como minha religião, o Candomblé me elegeu como praticante”, afirmou na ocasião.

Sua morte encerra uma trajetória de dedicação ao samba e à cultura brasileira, deixando um legado que une arte e tradição religiosa.

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