Está em cartaz na Casa do Benin, no Pelourinho, a exposição “Ele é Xangô – Nos Terreiros do Candomblé em Salvador”, do fotógrafo e artista visual baiano Iuri Marc. Com entrada gratuita, a mostra ficará disponível para visitação até 2 de setembro de 2025. O horário de funcionamento é de terça a sexta, das 10h às 17h, e aos sábados, das 9h às 16h.
Inaugurada no dia 2 de agosto de 2025, a abertura da exposição atraiu aproximadamente 300 pessoas. O acervo ocupa o pátio interno e a sala Tata Somba do espaço, reunindo 23 fotografias em preto e branco, duas instalações simbólicas e uma ocupação sonora de caráter documental.
O projeto é fruto de um trabalho de imersão do artista entre 2020 e 2024, que buscou criar uma narrativa visual sobre as tradições do Candomblé, com foco especial na figura de Xangô, o orixá ligado à justiça, aos raios e ao fogo. A curadoria é assinada por Marcelo Gobatto e Macauly Oliveira. As imagens foram registradas em terreiros sagrados de Salvador, como o Ilê Axé Ewé, a Casa do Mensageiro e o Ilê Axé Omin Ijexá Miro.
No pátio, os visitantes se deparam com a instalação “Corpo-Esteira”, composta por seis esteiras de palha — objetos de grande significado ritualístico na cultura nagô. Elas simbolizam a ligação entre o plano material e o espiritual, atuando como uma espécie de “linguagem e templo”.
Já na sala Tata Somba, outra instalação exibe moringas de barro decoradas com pinturas, tecidos, penas, cabaças, búzios e mariwô, itens que relacionam essas peças a diversos orixás. A montagem inclui representações de entidades como Xangô, Ogum, Iansã, Obá, Oxóssi, Iemanjá, Oxum, Obaluaê e Oxalá.
Como parte da programação educativa, Iuri Marc fará visitas guiadas para alunos de escolas públicas e privadas. As instituições interessadas devem realizar o agendamento prévio pelo e-mail casadobenin@salvador.ba.gov.br ou pelo telefone (71) 3202-7890. Mais informações podem ser acessadas no perfil do artista no Instagram: @iurimarc.
A realização da exposição foi viabilizada por meio dos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia, com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura (Secult-BA) e do Ministério da Cultura.